quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Garibaldi diz que instalação de CPI não justifica possível demissão de Matilde


LÍSIA GUSMÃO

Colaboração para a Folha Online, em Brasília

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), avaliou nesta quinta-feira que a possibilidade de instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Congresso para apurar abusos no uso de cartões corporativos não justifica a demissão da ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial).
A Folha Online apurou que a ministra está reunida com auxiliares para decidir se explicará publicamente os gastos de R$ 171 mil com o cartão. Além do pagamento de despesas em um free shop no valor de R$ 461,16, Matilde gastou mais de R$ 110 mil com aluguel de carros e mais de R$ 5.000 em restaurantes.
Segundo Garibaldi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve levar em conta a repercussão negativa dos gastos excessivos ao decidir se demite a ministra.
"Se for apurado e a ministra tiver cometido abusos, cabe ao presidente [Lula] demiti-la ou não. O presidente não fará isso para atenuar a repercussão", disse o presidente do Senado.
Para os interlocutores do Palácio do Planalto, a situação de Matilde é grave. Na avaliação de auxiliares do presidente Lula, a ministra deveria colocar o cargo à disposição.
Reportagem da Folha desta quinta-feira informa que o Palácio do Planalto avalia que a melhor solução para o caso da ministra é a sua saída do governo.

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