sábado, 15 de março de 2008

CINEMA

Contundente registro de uma geração
Impossibilidade de filmar rostos dos jovens infratores foi determinante em "Juízo"
Daniel Schenker Wajnberg
Logo no início da projeção de "Juízo", que acaba de entrar em cartaz em cinemas do Rio de Janeiro e de São Paulo, o espectador se depara com um aviso: a diretora Maria Augusta Ramos não pôde filmar os menores infratores, os personagens por excelência deste seu novo filme, de frente. O modo como lidou com esta restrição foi absolutamente determinante para o resultado final. A cineasta decidiu convidar outros adolescentes de comunidades carentes para dizer os textos daqueles que só poderiam ser flagrados de costas. Na prática, isto significa que Maria Augusta filmou as audiências com os menores de fato, tratando de mostrá-los de costas para a câmera e de frente para os juízes e advogados. Depois filmou os mesmos depoimentos com os outros adolescentes que chamou, captando, aí sim, seus rostos.

Um olhar estrangeiro sobre a França

"2 dias em Paris" poderia ser considerado um episódio estendido do longa-metragem "Paris, eu te amo". Loura e bela, a atriz francesa Julie Delpy já havia compartilhado com o diretor Richard Linklater e o ator Ethan Hawke a indicação para o Oscar de roteiro original, por "Antes do pôr-do-sol". Tendo estreado sob a direção de Jean-Luc Godard, ela foi depois musa de Krzystof Kieslowski ("A igualdade é branca" e "A fraternidade é vermelha") e Volker Schlondorff, trabalhando com a nata do cinema europeu. Como atriz, roteirista e diretora, Julie não decepciona em "2 dias em Paris", que entrou em cartaz neste final de semana. Dizer simplesmente que o filme não decepciona pode preparar o espectador para ver alguma coisa mediana. Seria injusto colar este rótulo ao trabalho de Julie. Ela fala aqui sobre o que sabe - as diferenças culturais entre a América e a Europa, a forma como os norte-americanos vêem a França e, principalmente, Paris. No ano passado, estreou nos cinemas "Paris, eu te amo", justamente sobre como diretores de todo o mundo lançavam seu olhar de estrangeiros sobre a chamada Cidade-Luz. "2 dias em Paris" poderia ser um episódio estendido daquele filme.
Elefante e rato conduzem a animação "Horton"

Na versão brasileira, filme traz as vozes do humorista Tom Cavalcante e de Carlos Saldanha, diretor de "A Era do Gelo 2". O desenho animado "Horton e o Mundo dos Quem!", que estreou em todo o País em cópias dubladas e legendadas na sexta-feira, 14, traz na versão brasileira as vozes do humorista Tom Cavalcante e de Carlos Saldanha, diretor das animações "Robôs" e "A Era do Gelo 2". A história é baseada em um livro do escritor Dr. Seuss, originalmente publicado em 1950. A obra do autor infantil já gerou diversos filmes de sucesso nos últimos anos, como "O Grinch" (2000) e "O gato" (2003). O personagem principal deste longa-metragem é um elefante (na versão original, com voz de Jim Carrey), cheio de criatividade e orelhas enormes que parecem ouvir demais. Um dia, ele acha que escutou um chamado vindo de uma partícula de poeira. Seria delírio dele? Nem tanto. O paquiderme acredita que alguma criaturinha esteja em perigo e decide ajudar.
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Elefante e rato conduzem a animação "Horton"

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