quinta-feira, 24 de abril de 2008

Coluna do Helio Fernandes



Visibilidade e reciprocidade contra a comunidade

3 BILHÕES não podem comer, para não elevar a inflação

Não existe nada mais destruidor, desastrado e desequilibrado do que a inflação. Pode ser dito que o capitalismo tem duas fases importantes, rigorosamente alternadas e alteradas. É impossível dizer quem chegou primeiro: a inflação ou o combate à inflação. O mundo tem hoje, 6 bilhões e 200 milhões de pessoas. Metade, ou seja, arredondando, 3 BILHÕES, estão rigorosamente abaixo da linha da miséria. Não comem, é proibido comer.Isso acontece até mesmo nos EUA. E os economistas que servem aos mais diversos governos, em todos os países, SEM EXCEÇÃO, garantem; "Se esses 3 BILHÕES de "despossuídos", que vivem na mais extrema miséria, passarem a comer, o mundo estremece e vai à falência. Esses economistas, são 85 por cento do total.Os 85 por cento, apesar do que dizem, sabem de "ciência certa", que os países só crescem, se desenvolvem e se transformam em potências, SE FOR ELEVADO O MERCADO CONSUMIDOR INTERNO. Mas como são pagos para mistificarem a opinião pública, mistificam e se transformam em ídolos do capitalismo.Os outros 15 por cento, corretos, bons analistas, desligados do "bolsão" econômico do capitalismo, tentam lutar a favor da coletividade, mas são sufocados pelo regime, pelo grupo elitista, pelo sistema, que FHC com toda a sua formidável cultura e correspondente arrogância só chama de "establishment". Esses se dão mal, não obtêm coisa alguma, vivem e acabam morrendo no mais completo ostracismo.Na verdade só crescem, enriquecem e se transformam em oráculos, aqueles que como Mailson da Nóbrega, elevam a inflação até 80 por cento, AO MÊS, AO MÊS. E se inscrevem como vitoriosos no Livro dos Recordes da economia e da prosperidade. Depois de terem servido para ELEVAR a inflação a níveis astronômicos, esses mesmos Mailson são chamados para baixar "a febre da inflação".Esses economistas que somam 85 por cento do total, deveriam ser condenados à prisão perpétua e terminada a pena, fuzilados. Só que nada acontece. Eles controlam os cárceres e comandam os pelotões de fuzilamento.No auge da inflação, o ministro Citisimonsen fez uma mudança sensacional. As fábricas de cigarros e de bebidas, pagavam "selo por verba". O que era isso? Compravam o selo antes, os maços de cigarros e as garrafas de bebidas, vinham carregados com esses selos.Citisimonsen mandou que pagassem o imposto, 30 ou 60 dias depois. Naquele tempo havia o que se chamava de "open market". (Em linguagem decente, dinheiro do povo), ganharam fortunas. Os fabricantes do vício e o economista então na CNI, poderosa, hoje não valem mais nada.As fábricas de cigarros, que são 17 só no Rio, faturaram somas enormes, logicamente não sozinhas. Há um ditado muito repetido: "No capitalismo nem mesmo um almoço é de graça". O cigarro atinge o pulmão, a bebida liquida o cérebro.Lógico, com essa ajuda, o vício legal (?) multiplicou suas contas bancárias. E com esse "VÍCIO LEGAL", surgiu a DROGA ILEGAL, os três reunidos, massacram os mais jovens. No mundo todo.A fumaceira do cigarro, o líquido da bebida, o fantasma da droga sólida, destroem a família, a comunidade, a crença, a esperança. Não FUMEM, não BEBAM, não se VICIEM com a droga sólida, que contamina e não permite a recuperação.Mas como resistir ao lobismo e marquetismo, a soma espantosa gasta em publicidade? Depois ainda têm a audácia de dizerem: "BEBE ou FUMA quem quer, ninguém obriga ninguém".PS - O mundo tem hoje duas palavras chaves. VISIBILIDADE e RECIPROCIDADE. Só que as duas só servem aos poderosos, que enriquecem cada vez mais.
PS2 - A droga, o fumo e a bebida, fazem tanto mal quanto a inflação. Mas como ultrapassá-los?
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