domingo, 27 de julho de 2008

Cesar Fonseca


Produção da (des)informação fascista


O ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores, teria, realmente, falado besteira ou o óbvio, quando destacou que os europeus e americanos do G-8 estão inventando mentiras e repetindo-as, como fez Goelbbs, sob o regime hitlerista, quando insistem em afirmar que os países pobres e emergentes endurecem o jogo no acordo de Doha, impedindo sua concretização?Agressão aos judeus por mencionar Goelbbs, carrasco anti-semita e teórico da mentira como informação tornada verdadeira graças à insistente repetição da inverdade?Se Goelbbs não fosse citado, mas subentendio, teria ficado elegante, diplomatico, sem dúvida, Mas, citá-lo serviu para criar falsa vítima ou para fazer a carapuça ser assentada mais explicitamente em quem não quer ser visto em sua essência?Buscou-se tentativa esdrúxula de mostrar que Amorim teria indiretamente acusado o G-8 de prática anti-semita. Forçou-se a barra. Os ricos não suportaram ser confrontados com a prática goelbbsiana. Criticados por um emergente, sentiram-se semelhantes aos judeus acossados por Hitler ou foram apanhados no contrapé diplomatico, cometendo os erros que historicamente criticaram?Tentam passar impressão subrepticiamente e em cima dela construir um discurso de resistência da vítima diante do seu algoz, que vira informação global na grande mídia internacional. Hitler é abominado quando lembrado que sua tática sempre foi a mentira. Tal lembrança pregada na lapela de alguém que a pratica, como tem sido o caso do G-8, relativamente ao acordo de Doha, é vista como algo de mau gosto.Realmente, os monstros criados pelo capitalismo fascista levantam assombrações quando são lembrados. Mas, por acaso, eles não estão vivamente presentes na promoção da economia de guerra em curso?
Guerra, essência do sistema
Atualmente, são 153 o número de bases militares americanas, bancadas pelo gasto governamental. Demanda guerreira keynesiana pura. D3 - Estado - puxando a demanda global de D1(produção) + D2(consumo).Roosevelt, em 1936, disse que o que estava fazendo nos Estados Unidos, isto é, decuplicando os gastos do governo, sob conselho de Keynes, não era diferente daquilo que Hitler e Stalin faziam, só que realizava tal gasto de forma mais ordenada. Subjetivismo rooselteano.No ambiente de economia fascista de guerra, a democracia, especialmente, nos países mais pobres, fica, eternamente, vulnerável. A mentira é a primeira a ser sacrificada, como fazem agora os países ricos a propósito de reagiram fazendo gênero, forçando as aparências, na tentativa de vender informação falsificada. Acusam de anti-semita quem os aponta por práticas hitleristas anti-judaicas. Buscam criar um culpado pelos seus próprios erros.A inversão dos fatos, como construção dos fatos, é patética. Amorim, como tenta passar a informação produzida nos laboratórios mentais dos países ricos, vendidos à grande mídia, devia endurecer o jogo diplomático ou transformar-se em bode expiatório, como culpado por falar o que não se gosta de ouvir? Rasgou-se, com apenas uma acusação, o que realmente representa o acordo de Doha: farsa completa encenada pelas grandes potências inflexíveis, abaladas pelo dólar sobredesvalorizado.Ficou complicado para a grande mídia do capitalismo periférico continuar comprando peixe podre no mercado internacional de elaboração da (des)informação. O acusado vira vítima e a vítima, acusado. Preto,branco, branco, preto.

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