sábado, 23 de agosto de 2008



Slobodan Milosevic, execrado pelo Ocidente, ilegalmente julgado por um tribunal de exceção, esteriotipado como um “genocida”, não passou de um grande patriota tentando manter a integridade de seu país contra o imperialismo da OTAN. As mesmas forças que hoje financiam as ONGs "bondosas" e "despojadas" que tentam desagregar o Brasil em nome de falsos discursos acerca do ambientalismo malthusiano e da polítia indigenista. Política indigenista que considera o índio um ser fadado a uma existência pré-histórica, portanto, sem o direito de acesso aos bens da Civilização. Mas, Milosevic Perdeu. E perdendo, a Iugoslávia e seu povo também perderam. E perdemos todos nós, pois ali o precedente canalha do conceito de “soberania relativa", em nome de ‘boas ações”, de “ações humanitárias”, passou a respaldar ações da oligarquia anglo-saxônica e da plutocracia financeira internacional, nada dignas, contra os povos de todo o Planeta. Aliás!!! De boas ações, o Inferno está cheio....
Said Barbosa
Dib

Não esqueçam a Iugoslávia



Enquanto a ONU e as organizações ditas não-governamentais inglesas pressionam o STF, com a complacência e até colaboração do Ministério da Justiça brasileiro, nas vésperas da decisão sobre as reservas de “Raposa” e “Serra do Sol”, finalmente aparece a confissão de uma juíza do chamado “Tribunal Penal Internacional”, mostrando que aquilo não passa de instrumento geopolítico nazista das potências ocidentais para destruir todo e qualquer país que pretenda ser soberano. Nós, brasileiros, não temos mais o direito de nos fazermos de desentendidos, de omissos e alienados acerca desses assuntos. Devemos analisar o que ocorre com um mínimo de responsabilidade. A Iugoslávia não pode ser esquecida.
Os segredos do esmagamento da Iugoslávia que estão emergindo mostra como o mundo moderno é policiado. A antiga promotora chefe do Tribunal Penal Internacional em Haia, Carla Del Ponte, este ano publicou as suas memórias: The Hunt: Me and War Criminal (A caça: eu e os criminosos de guerra). Quase ignorado na Grã-Bretanha, o livro revela verdades inaceitáveis acerca da intervenção ocidental no Kosovo, que tem repercussões no Cáucaso.
O tribunal foi montado e financiado principalmente pelos Estados Unidos. O papel de Del Ponte era investigar crimes cometidos no processo de desmembramento da Iugoslávia na década de 1990. Ela insistiu em que isto incluía os 78 dias de bombardeamentos da Sérvia e do Kosovo pela OTAN, em 1999, quando houve o assassinato de centenas de pessoas em hospitais, escolas, igrejas, parques e estúdios de televisão; e destruíram infra-estruturas econômicas. "Se eu não quiser [processar pessoal da OTAN]", disse Del Ponte, "devo renunciar à minha missão". Foi uma impostura. Sob a pressão de Washington e Londres, foi abandonada uma investigação dos crimes de guerra da OTAN.
Os leitores recordarão que a justificativa para o bombardeio da OTAN era que os sérvios estavam cometendo "genocídio" na província secessionista do Kosovo, contra pessoas de etnia albanesa. David Scheffer, embaixador itinerante norte-americano para crimes de guerra, anunciou que até "225 mil homens de etnia albanesa, entre 14 e 59 anos", poderiam ter sido assassinados. Tony Blair invocou o Holocausto e "o espírito da Segunda Guerra Mundial". Os heróicos aliados do ocidente eram o Kosovo Liberation Army (KLA), cujo registro de assassinatos e de envolvimento com narcotráfico foi posto de lado. O secretário britânico de Negócios Estrangeiros, Robin Cook, disse-lhes para contatá-lo a qualquer momento pelo seu tele móvel.
Acabado o bombardeio da OTAN, inclusive com material radioativo, equipes internacionais caíram sobre o Kosovo para exumar o "holocausto".
O FBI fracassou em descobrir um único cemitério em massa e voltou para casa. A equipe de perícia forense espanhola fez o mesmo e seu líder, irado, denunciou: "uma pirueta semântica das máquinas de propaganda de guerra". Um ano mais tarde, o tribunal de Del Ponte anunciou a contagem final dos mortos no Kosovo: 2.788. Isto incluía combatentes de ambos os lados, portanto, também sérvios e ciganos assassinados pelo KLA. Não houve genocídio no Kosovo. O "holocausto" era uma mentira. O ataque da OTAN fora fraudulento.
Isto não era tudo, diz Del Ponte no seu livro: “o KLA seqüestrou centenas de sérvios e transportou-os para a Albânia, onde os seus rins e outras partes do corpo foram removidos, sendo então vendidos para transplantes em outros países”. Ela também diz que havia prova suficiente para processar kosovares albaneses por crimes de guerra, mas a investigação "foi travada desde o princípio" de modo que o foco do tribunal seriam "crimes cometidos pela Servia". Ela diz que os juízes de Haia foram aterrorizados com os kosovares albaneses – as mesmas pessoas em cujo nome a OTAN atacou a Sérvia.
Na verdade, mesmo quando Blair, o líder da guerra, estava numa viagem triunfante no Kosovo "libertado", o KLA efetuava a limpeza étnica de mais de 200 mil sérvios e ciganos daquela província. Em fevereiro último a "comunidade internacional", conduzida pelos EUA, reconheceu o Kosovo, o qual não tem economia formal e é dirigido, com efeito, pelas gangs criminosas que traficam drogas, contrabando e mulheres. Mas ele tem um ativo valioso: a base militar estado-unidense de Camp Bondsteel, descrita pelo comissário de direitos humanos do Conselho da Europa como "uma versão menor de Guantánamo". A Del Ponte, uma diplomata suíça, foi dito pelo seu próprio governo para “parar de promover o seu livro”.
A Iugoslávia era uma federação independente e multi-étnica, ainda que imperfeita, que se posicionou como uma ponte política e econômica durante a Guerra Fria. Isto já não era aceitável para a Comunidade Européia em expansão, especialmente com a Alemanha, a qual principiara um esforço para o Leste a fim de dominar o seu "mercado natural" nas províncias iugoslavas da Croácia e da Eslovênia. No momento em que os europeus se encontravam em Maastrichet, em 1991, um acordo secreto fora lavrado: a Alemanha reconhecia a Croácia e a Iugoslávia era condenada. Em Washington, os EUA asseguravam que à esforçada economia iugoslava fosse negada empréstimos do Banco Mundial e a defunta OTAN foi reinventada como agente de força. Numa conferência sobre a "paz" no Kosovo, em 1999, na França, foi dito aos sérvios para aceitarem a ocupação pelas forças da OTAN e uma economia de mercado, ou seriam bombardeados até à submissão. Foi o precursor perfeito dos banhos de sangue no Afeganistão e no Iraque.


O original encontra-se em http://www.johnpilger.com/page.asp?partid=500
A AMEAÇA DE BALCANIZAÇÃO DO BRASIL
Prof. Marcos Coimbra*
A ninguém é lícito ignorar o ocorrido com a Iugoslávia. Após o término da 2ª GM, sob o comando do marechal Tito, era um país próspero, dotado de uma economia pujante, capaz de rivalizar com as maiores economias da época. Passo a passo, foi sendo esfacelado, com o sórdido aproveitamento, por parte principalmente de pressões externas, de conflitos latentes étnicos, religiosos e outros, para resultar na triste situação de hoje. Uma miríade de pequenas nações, sem força, caudatárias de imposições externas.
(...)
Sofremos o risco de serem agravadas as tensões no plano social, com o acirramento e a indução de choques de caráter “racial”, religioso, étnico. As famigeradas ONGs e a mídia internacional, secundada pela mídia nacional, vão procurar jogar católicos contra protestantes e espíritas, brancos contra negros e índios. Seu objetivo é abalar nossa coesão social, para fragilizar-nos. Absurdas imposições oriundas do exterior e referendadas pela administração atual, como o denominado sistema de “cotas”, começam a criar conflitos antes inexistentes
(...)
estão acelerando o processo de demarcação de terras indígenas, para depois preparar o terreno para o "direito dos índios à autodeterminação" e para aplicar o "direito de ingerência dos mais fortes". Isto lhes possibilitaria retalhar o território brasileiro, em especial a Região Amazônica, dividindo-a em quistos, protegidos por uma força internacional de paz. A pretexto de defender os direitos dos índios, vão explorar nossas riquezas e recursos naturais.
(...)
E a economia está sendo usada para facilitar toda esta ignomínia, através da venda das idéias do neoliberalismo, em especial da chamada "globalização", que nada mais representa do que um pseudônimo para o novo imperialismo do G-7, capitaneado pela potência hegemônica. É o "globaritarismo" (totalitarismo da globalização). Isto porque sua nefasta ação objetiva destruir o Estado Nacional Soberano, única instituição capaz de impedir o sucesso de nossos inimigos.
(...)
Para mantermos a Integridade do nosso Patrimônio Nacional é indispensável o urgente fortalecimento de nossas Forças Armadas, além da existência de um governo apto a enfrentar o que será talvez um dos maiores desafios da nossa História. Preservar para os nossos filhos aquilo que foi tão duramente conquistado pelos nossos antepassados. Afinal, o Brasil é dos brasileiros! Caso permaneçamos indiferentes, ausentes, medrosos, nossos filhos terão o direito de cobrar-nos: Por que não fomos capazes de, além de doar nossas vidas em defesa do que recebemos, dar-lhes razão para continuarem a viver dignamente?

Não deixe de ler este ensaio na íntegra, clicando no link:
Ameaça de balcanização

*Prof. Marcos Coimbra é membro efetivo do Conselho Diretor do Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos (CEBRES), Professor aposentado de Economia na UERJ e Conselheiro da ESG.
Artigo publicado em 20/03/2008 para o Monitor Mercantil

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