segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Coluna do Helio Fernandes

Pequim, a Olimpíada mais bonita da História

Fracasso do Brasil, vitória da China, continental e monumental

Terminou a mais importante, imponente e empolgante Olimpíada de todos os tempos. Em Pequim, na China continental e monumental. Quando sua capital foi escolhida em 2000-2002 como sede da Olimpíada 2008, representantes do governo garantiram: "Será a maior Olimpíada que já se viu". FOI. O ministro dos Esportes afirmou, com tranqüilidade: "Teremos muito mais ouros do que os EUA". TIVERAM.
A
China não é mais ou apenas uma potência econômica financeira e empresarial. Não é só aquele país que assombrou o mundo, passando em 25 anos de uma China tradicional e atrasadíssima a grande e extraordinária realidade, que revolucionou e surpreendeu.
Em 1949, quando Mao-Tse-Tung (hoje execrado e até mesmo caminhando para o esquecimento) começou a "Grande Marcha", nem ele sabia o que aconteceria. A China, cuja caminhada ele comandava e orientava, estava rigorosamente no Século X. 25 anos depois, a China é o que chamam de metade capitalismo, metade comunismo. Um regime que vai evoluir e ficar, e em alguns anos conquistará a LIBERDADE POLÍTICA. Com a fusão de militares, empresários e classe média, se manterá como potência. Mas hoje só quero falar da vitoriosa China esportiva e o derrotado Brasil, também esportivo.
Mas agora, nesta segunda-feira cinzenta no céu e amarga nos corações, tratemos dos 277 atletas que foram a Pequim e à China e trouxeram apenas 3 ouros. Bronze é uma medalha. Prata é um pouco mais. Mas a medalha verdadeira, inesquecível, glorificadora, é a de O-U-R-O, assim mesmo. Para ser beijada sempre, com orgulho, satisfação e com a certeza da quase perfeição.
(...)


Garibaldi Alves
Por que não pode continuar presidindo o Senado? Foi muito bem? Por que querem "agradar" Tião Viana? Ou favorecer Temer na Câmara?


Pequim entrando para a História, mas, 24 horas depois já passadas (leiam comentários e análises sobre o espantoso fracasso brasileiro na página 3), voltemos à realidade interna e também nada animadora. Muita surpresa nesses 15 dias. O Supremo (únicos 11 personagens que podem interpretar a Constituição) assumiu os Três Poderes. Por decisão própria e irrecorrível, passaram a se constituir em Executivo, Legislativo e Judiciário.
É evidente que o Executivo e o Legislativo deixaram um vácuo, que o Supremo ocupou. Examinam, julgam ou absolvem, não cabe recurso, pois representam a última instância. É a gloriaimorredora.
Decidem sobre célula-tronco, Amazônia, "fichas sujas", concedem ou negam habeas-corpus impávidos e altaneiros.
Mas erram como qualquer um, só que erram coletivamente. Um só exemplo: resolveram "investigar e julgar Edinho 30". Deviam fazer isso com o pai, senador-ministro Lobão.
Este é o responsável por "Edinho 30" se transformar no que é. Responsável duplamente. Como pai que deu a orientação (?) e como governador que materializou a ambição de riqueza do filho.
Foi no seu governo que surgiu o "Edinho 30", que significava o que estava na conjugação do nome e dos números.
Agora, como "ministro", Lobão quer o fim da Petrobras, o início da Petro-Sal. Isso devia ser desvendado. Examinado. Investigado. Explicado. Desconcentrado.
Na vida pública (principalmente política) o mérito não vale nada. Garibaldi Alves emprestou seu nome, numa eventualidade, por causa da crise que desprestigiava o Senado e o Congresso.
Lógico, foi eleito para terminar o mandato de Renan. Agora, tendo feito um grande trabalho, dizem: "Não pode ser reeeleito". Seria o primeiro? Lógico que não. Mas querem vetá-lo.
Já disse aqui, inacreditável: Tarso Genro, ministro da Justiça. E mais grave: para se colocar como possível presidenciável. Deveria ser ministro da Pesca, nenhum desprezo pela atividade. Ficaria mais bem localizado.
No depoimento à CPI dos Grampos, o delegado Paulo Lacerda, diretor-geral da ABIN, refutou a revista Veja, que na edição que se encontra nas bancas (encalhada) acusou-o de autorizar escutas ilegais.
Até das conversas do ministro Gilmar Mendes, presidente do STF. Paulo Lacerda disse que as escutas de Daniel Dantas foram autorizadas pela Justiça e que a ABIN não grampeou o telefone de Gilmar Mendes.
Baseada nesse depoimento, a Folha fez matéria (anteontem). Tentou ouvir alguém da Veja, ninguém "foi encontrado". A Folha registrou a sonata e "fuga" da Veja.

Veja a coluna completa do Helio:
Pequim, a Olimpíada mais bonita da história

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