terça-feira, 23 de setembro de 2008

Coluna do Helio Fernandes

A discussão apressada e antecipada

A Petrobras é nossa, de quem será a Petrosal?

Desde que o Brasil "descobriu" o petróleo através da Petrobras e se livrou da imposição dos EUA, "não há petróleo no Brasil", crescemos de forma impressionante. Podíamos ter atingido a auto-suficiência há muito tempo. Mas chegando a comprar 20 bilhões por ano, quem queria isso?
O que acontece é que a Petrobras teve a CUMPLICIDADE criminosa de vários presidentes corruptíssimos. Um economista vinculado a todos os sistemas de Poder me garante: "Helio, a comissão internacional para esses negócios é de 3 por cento. Nem mais nem menos. Quem disser o contrário está mentindo ou equivocado". Como o informante é autoridade mesmo, competente, correto e conhecedor, fiquemos com seus números.
Não foi por pouco tempo que o Brasil comprou 20 BILHÕES de dólares de petróleo, anualmente. Os maiores escândalos ocorreram durante a ditadura militar. O general Ernesto Geisel impôs o nome de Shigeaki Ueki para presidente da Petrobras e ministro das Minas e Energia.
Nos 2 cargos fez fortuna tão espantosa, impressionante e espetacular que hoje até a família Bush (pai e filho, os dois, presidentes dos EUA) se queixam de Shigeaki e dos filhos. É que no Texas (que os EUA roubaram do México em 1842 e hoje é domínio de Bush pai e filho) os brasileiros têm mais poços de petróleo do que o ex e o atual presidente da maior potência do mundo.
Sebastião Nery deu ao professor Bautista Vidal os royalties que ele merece, na luta para fazer do álcool o grande combustível do Brasil. Limpo, barato, renovável, podendo ser extraído não só do álcool, mas também de outros produtos ou plantas. Inesgotável, o bioálcool, o biodiesel, o biomamona, o bio qualquer coisa, que temos no Brasil em quantidade impressionante.Enquanto o petróleo não se renova e vai acabando sem prazo certo, o Brasil poderá se livrar da dependência internacional, falta coragem, espírito cívico, a capacidade que tem um homem como Bautista Vidal, a mesma que tinha o meu saudoso amigo e grande lutador Antonio Carlos de Andrada Serpa.
General de 4 estrelas, irmão general de 4 estrelas, irmão de um coronel que foi morto no Baependy, naufragado pelo nazismo, o que levou à formação da gloriosa FEB, foi "amaldiçoado" pelos outros generais que tomaram o Poder em 1965.
(E não em 1964, como acreditam muitos. 1964 foi um ensaio, 1965 a arrancada geral, que levaria ao inacreditável AI-5 de 1968, o mais execrável de todos os Atos que já existiram no Brasil. Esses generais no Poder não queriam concorrência, pensavam [?] que Andrada Serpa só esperava chegar a 4 estrelas para entrar na fila presidenciável).
A primeira e a maior guerra (e não uma batalha) da Petrobras foi obter recursos para encontrar petróleo, o que se chama de PROSPECÇÃO. Todos os governos cortavam as verbas da Petrobras, não há possibilidade de descobrir petróleo sem procurá-lo, sem ir buscá-lo. E a Petrobras foi encontrá-lo a quase 3 mil metros de profundidade, assombrando o mundo. As plataformas da Petrobras ficaram cheias de técnicos do mundo todo, que queriam assimilar a competência da Petrobras.
Quando chegamos à igualdade entre o petróleo produzido e o petróleo consumido, foi uma festa. E ficou assim durante algum tempo, a Petrobras louvada, aplaudida, reconhecida, aclamada, mesmo com FHC assinando o calamitoso decreto 9478.
Inesperadamente o Brasil entra na Era do Pré-sal, passa a ser considerado um dos três maiores produtores de petróleo do mundo, ultrapassando a Arábia Saudida e o Irã. "Decidiram" então que a Petrobras devia desaparecer, tinha que ser assassinada, em seu lugar começaram a falar em outras empresas, muitas, várias, diversas, num equívoco colossal.


PS - A idéia foi de Edson Lobão, que não podia ser ministro, quanto mais inovador nessa área superimportante de petróleo.
PS 2 - No primeiro tempo o presidente Lula deu a impressão de que aceitava liquidar a Petrobras e colocar no seu lugar empresas sem tradição, sem experiência, sem dinheiro, sem competência. Felizmente o presidente Lula compreendeu que era um equívoco, VOLTOU A PRESTIGIAR A PETROBRAS. Ainda bem.

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