sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Observatório

Quinta-feira, 26 de setembro de 2008

Destaques dos jornais de hoje. O que merece ser lido. Se você não tem paciência ou não teve tempo para ler as notícias nos principais jornais de hoje, clique nos links logo abaixo das matérias para lê-las no clipping do Ministério do Planejamento, sem que seja necessário que se cadastre. Publicaremos esta seleção todos os dias entre 19h00 e 21h00. Nos finais de semana os links com as matérias completas serão da Radiobras, que exige cadastro.


O brilho fugaz da estrela Sarah Palin
Argemiro Ferreira
Tribuna da Imprensa

O último truque eleitoral dos estrategistas do candidato republicano Joe McCain foi a suspensão abrupta da campanha - e do debate - a pretexto de viajar à capital para um "esforço patriótico" destinado a socorrer a economia americana. Ainda é cedo para saber se conseguirá socorrer não a economia, mas a própria chapa republicana, que despencou nas várias pesquisas divulgadas na noite de quarta-feira. As mágicas anteriores - a escolha da governadora Sarah Palin para vice da chapa e o adiamento por dois dias da convenção nacional republicana - deram resultado apenas momentâneo. O impacto das duas injeções de ânimo desfez-se logo, sem que surgisse algum truque novo. Ao mesmo tempo, a campanha parece sem saber o que fazer para deter o declínio da vice Palin, estrela cujo brilho está se desfazendo. Até agora ela não foi capaz de submeter-se a uma única entrevista coletiva, ainda que tenha falado de forma limitada e não ortodoxa a dois âncoras, Charlie Gibson da ABC e Katie Couric da CBS, e a um "talk show" estilo tablóide da Fox News, cujo apresentador, Sean Hannity, parece bem mais "cheerleader" de causas republicanas e conselheiro da campanha McCain-Palin do que jornalista.

Quando responderá a perguntas?
Mesmo jornalistas de veículos simpáticos à chapa republicana, como é o caso do "New York Post" (que já proclamou o apoio a McCain) e da Fox News, queixam-se do esforço ostensivo para impedir o acesso da mídia a Palin. Foi o caso, por exemplo, de Chris Wallace, que há dois domingos perguntou a Rick Davis, chefe da campanha de McCain, por que nem o "Fox News Sunday" pode entrevistá-la. Wallace encurralou Davis com sucessivas perguntas. "Até hoje Palin não respondeu a uma única pergunta da mídia nacional. Quando vai concordar em dar uma entrevista normal?" "Ela está com medo de responder a perguntas?" "Há perguntas legítimas sobre as qualificações dela para ser comandante em chefe. Se não respondeu na semana passada, por que não esta semana?" Quando Davis disse que ela "teria a oportunidade de falar ao povo americano" e que tinha falado a 40 milhões na convenção, Wallace observou: "Na convenção o que fez foi ler um texto ensaiado, não estava respondendo a perguntas". O chefe da campanha ficou irritado: "Não cabe à mídia fazer a agenda dela. (...) Palin estará à disposição da mídia quando e se decidirmos que deve ser esse o caso". Ficou claro naquele domingo, 7 de setembro, que a campanha republicana busca uma maneira singular de usar a candidata, "quando e se decidirmos que deve ser o caso". Ou seja, ela só fala em condições especiais para pessoas especiais, amigas e aliadas. Fora disso, fica limitada aos factóides, como os produzidos nos últimos dias com governantes estrangeiros submissos ao governo Bush, durante a Assembléia Geral da ONU.
Argemiro Ferreira
Do cinismo à obscenidade
CARLOS CHAGAS
Tribuna da Imprensa

Se a proposta do terceiro mandato é cínica, a da prorrogação de mandatos é obscena. No primeiro caso, trata-se de o PT e demais forças que compõem o governo procurarem manter o poder, dando ao presidente Lula a possibilidade de disputar as eleições de 2010. Um golpe, é claro, ainda que calcado na experiência anterior de Fernando Henrique Cardoso, eleito para um período, mas completando dois. Do que se fala agora, parece até que com o apoio do ministro da Justiça, Tarso Genro, é de ficar tudo como está por mais dois anos. Simplesmente seriam prorrogados os mandatos do presidente da República, dos governadores, dos senadores e dos deputados. Uma sugestão abominável que nem devolve ao povo o direito de referendá-la, como seria o caso do terceiro mandato. A argumentação em favor desse monstrengo jurídico passa pela polêmica discussão sobre a coincidência de mandatos. Num único dia, de quatro em quatro anos, o eleitorado escolheria as representações federal, estadual e municipal. Nem se votou ainda para prefeito e vereador, mas pretende-se que ao final de seus mandatos realize-se uma só eleição. Há décadas debate-se a questão: mais eleições, ou seja, permanecendo a descoincidência, manter a forma de ensinar o povo a votar. Na vida, praticando, sempre se aprimora, desde andar de bicicleta até escolher governantes. No reverso da medalha, alega-se que realizar eleições de dois em dois anos, como acontece hoje, torna o processo eleitoral muito mais caro. Centenas de milhões são gastos a cada eleição. No fundo, o que pretendem é manter o Lula no Palácio do Planalto. E eles agarrados como parasitas à máquina pública, seus favores e suas benesses. Coisa vergonhosa, em se tratando de uma democracia. E tem mais: se pretendem apenas economizar dinheiro e fizer coincidir todas as eleições numa só, porque não reduzir para dois anos os mandatos dos prefeitos e vereadores eleitos daqui a oito dias? A gente conclui estar a razão com mestre Helio Fernandes, que há tempos vem escrevendo sobre a singularidade do Brasil, país onde o dia seguinte sempre consegue ficar um pouquinho pior do que a véspera...
Gigante adormecido
Já se tentou mudar a segunda parte do Hino Nacional, para deixarmos de estar deitados eternamente em berço esplêndido. Não deu certo e, por isso, o gigante permanece adormecido. Vale ficar nos tempos atuais, apenas, que já bastam para revelar a necessidade de um pouco de ginástica. Primeiro foi Evo Morales, da Bolívia, que invadiu refinarias da Petrobras com tropa armada, nacionalizou instalações brasileiras, ameaçou cortar o gás exportado para o Brasil e continua nos chantageando sob o olhar plácido do Lula. Depois Fernando Lugo, do Paraguai, em meio a um processo de igual teor "caponeano", ou seja, digno do Al Capone. Quer romper contratos e auferir mais lucro de uma empreitada onde seu país não entrou com um centavo sequer, a usina de Itaipu. Agora é Rafael Correa, do Equador, que acaba de ocupar instalações e obras da empreiteira Oldebrecht realizadas naquele país. Botou a empresa para fora e ainda por cima mandou prender quatro de seus funcionários, tendo dois escapados e dois se refugiado na embaixada do Brasil. Mas fez pior, aquele presidente que, imaginávamos, presidia uma democracia: suspendeu os direitos constitucionais dos quatro indigitados cidadãos brasileiros. Ora, um regime onde, por decreto, um presidente pode suspender direitos constitucionais, o que é? Pelo menos, jamais uma democracia. Nada fez o governo de Lula diante da humilhação praticada pelo governo da Bolívia. Pelo contrário, cedemos em tudo o que Evo Morales impôs. Com o Paraguai, vamos pelo mesmo caminho, até oferecendo investimentos e crédito facilitado para o seu presidente. E quanto ao Equador? Dirão alguns ingênuos tratar-se de questão privada, de uma empreiteira nacional. Pode até ser que a Oldebrecht tenha feito lambanças na construção da usina hidrelétrica subterrânea. É possível verificar-se atraso na implantação de um novo aeroporto em Quito. Bem ou mal, no entanto, está em jogo uma empresa brasileira. Mas se nada fizemos diante da invasão da Petrobras, que é pública, conclua quem quiser. Não se trata de invadir o Equador, país com o qual não temos fronteira, como não se tratou, antes, de invadir a Bolívia ou de esboçar planos para invadir o Paraguai. Mas retaliar, demonstrar que com o Brasil não se brinca. Convocar embaixadores, suspender relações diplomáticas e especialmente comerciais seria um bom começo. Uma forma de obrigá-los a desculpar-se pelas injúrias praticadas. Em suma, respeitar-nos. Nunca deixá-los imaginar que somos um boi manso...
o cinismo à obscenidade


Brasil S.A - O poço tem fundo
Correio Braziliense


Mérito do fundo de socorro à banca nos EUA é dar valor aos papéis ilíquidos que ameaçam a economia

Agora vai? Para a depressão econômica nos EUA, com desdobramento global, com quase certeza não mais. Recessão localizada, com muito sangue ainda rolando entre os bancos, é o mais provável. Tudo por arte do suado acordo nos EUA entre o governo Bush, republicano e em melancólico fim de mandato, e o Congresso de maioria democrata. As resistências ao fundo de US$ 700 bilhões, idéia do secretário do Tesouro, Henry Paulson, e do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, para resgatar parte dos títulos de alto risco encostados como lixo nos balanços da banca, cessaram depois que o presidente George W. Bush foi à TV declarar, com voz pausada, grave, que “sem ação imediata do Congresso” os EUA afundam em “pânico profundo”.
Brasil S.A - O poço tem fundo

Brasília-DF - PT rumo a Jandira
Correio Braziliense

Frustrados com o desempenho de Alessandro Molón nas pesquisas registradas para prefeito do Rio de Janeiro, candidatos a vereador pelo PT começaram, nas últimas horas, a trabalhar por Jandira Feghali, na esperança de garantir ao PCdoB a vaga no segundo turno contra Eduardo Paes (PMDB). Em reuniões reservadas, integrantes da base petista têm discutido que, nesta reta final, é melhor tentar garantir um candidato mais à esquerda no segundo turno do que ficar até o fimcom quem não atingiu os dois dígitos nas intenções de voto.
Brasília-DF - PT rumo a Jandira

Ministros precisam julgar 1,8 mil ações
Mirella D´Elia
Correio Braziliense

Prazo para análise de processos sobre candidaturas supostamente irregulares acabou ontem, mas os integrantes do Tribunal Superior Eleitoral só avaliaram até agora metade dos registros questionados


A nove dias do primeiro turno das eleições municipais, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda terão muito trabalho pela frente para decidir o futuro dos candidatos a prefeito e vereador que pretendem concorrer a um cargo em 5 de outubro. Eles terão que julgar mais da metade dos recursos relacionados a registros de candidatura que chegaram ao tribunal. Até agora, o TSE analisou apenas 1,5 mil dos cerca de 3,3 mil recursos — 45% do total. As ações foram propostas em duas situações: por candidatos que tiveram os registros negados por Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) ou pelo Ministério Público, candidatos ou coligações opositoras que, por outro lado, podem contestar registros que foram aceitos pela Justiça Eleitoral.
Ministros precisam julgar 1,8 mil ações


Um aviso a considerar
Coluna - Nas Entrelinhas
Correio Braziliense

É bem melhor ser um partido rachado e vencedor que dividido e derrotado. Essa é a escolha que os tucanos precisam fazer

Fernando Henrique Cardoso tem duas características pouco comuns aos políticos brasileiros e que nos últimos tempos andam especialmente raras no PSDB. Em primeiro lugar, é um homem lúcido. E em segundo, não sonha em ser presidente da República. Esses traços lhe permitem analisar o quadro político de uma altura pouco comum aos companheiros de legenda. Ontem, em um evento em São Paulo, foi pressionado a falar sobre a divisão do tucanato paulista entre o candidato oficial à prefeitura da capital, Geraldo Alckmin, e o prefeito Gilberto Kassab (DEM). O que começou como um cisma já ganhou características de briga de rua. Enquanto os tucanos trocam ofensas e ameaças, FHC ponderou: “Agora é hora de vencer o PT. Se você não vê mais longe, se não vê a estratégia, fica pensando em coisas imediatas, você perde”.
Um aviso a considerar

Ministério quer fim de monopólio na energia nuclear
HUMBERTO MEDINA
Folha de S. Paulo

No governo, área de Ciência e Tecnologia é contrária à abertura do setor para exploração de empresas privadas

Área técnica vê a energia gerada por usinas nucleares privadas como mais barata do que a produzida pela estatal Eletronuclear . O Ministério de Minas e Energia é a favor da quebra do monopólio da União na construção e na operação de reatores nucleares. O monopólio foi estabelecido na Constituição, mas há proposta de emenda em tramitação na Câmara dos Deputados, alterando o texto legal para permitir que empresas privadas atuem na geração de energia nuclear. Mas não há consenso no governo sobre o assunto. O Ministério da Ciência e Tecnologia defende que a atividade continue a ser exercida exclusivamente pela União.
Minas e Energia defende quebra do monopólio no setor nuclear

Inglaterra bloqueia R$ 83 mi de envolvidos da Satiagraha
LUCAS FERRAZ
Folha de S. Paulo

Valor se refere a investimentos do Opportunity, diz Secretaria Nacional de Justiça

Governo brasileiro pediu o bloqueio a partir de um requerimento do Ministério Público Federal, com base nas investigações da PF. A Justiça da Inglaterra anunciou o bloqueio de US$ 46 milhões -o equivalente a R$ 83,7 milhões, de acordo com o câmbio de ontem- de envolvidos na Operação Satiagraha. Segundo a Secretaria Nacional de Justiça, o dinheiro é referente a investimentos do banco Opportunity naquele país. Não há informações sobre a quem pertence o valor bloqueado. O pedido foi feito pelo governo brasileiro, a partir de requerimento do Ministério Público Federal, com base na investigação da Polícia Federal. Deflagrada em julho, a operação prendeu Daniel Dantas, dono do Opportunity, executivos do banco, além do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito Celso Pitta. Procurado, o advogado de Dantas, Nélio Machado, disse "desconhecer" o motivo do bloqueio do dinheiro. No início do mês, a pedido do procurador Rodrigo de Grandis, a Justiça Federal de São Paulo determinou o bloqueio de um fundo de investimento do banco no valor de R$ 535,8 milhões -as operações do grupo foram consideradas "irregulares" no mercado financeiro. O bloqueio determinado pelas autoridades britânicas é mais um capítulo da conturbada Satiagraha. Após ela ter sido deflagrada, o delegado que a chefiou, Protógenes Queiroz, foi afastado do comando sob a justificativa oficial de fazer um curso de especialização.
Justiça inglesa ordena bloqueio de contas do Opportunity

Perda de contratos da Odebrecht pode ser revista, diz Equador
FABIANO MAISONNAVE
Folha de S. Paulo

Secretário anticorrupção afirma que presidente pode voltar atrás e esclarece que a construtora não foi expulsa do país. Funcionários da empresa brasileira continuam a trabalhar em projetos, mas sob vigilância estrita de soldados equatorianos. A decisão do governo equatoriano de suspender os contratos com a construtora Odebrecht não é definitiva e está nas mãos do presidente Rafael Correa, admitiu ontem o secretário Nacional Anticorrupção, Alfredo Vera. Ele esclareceu ainda que a empresa brasileira, responsabilizada pelas falhas na construção de uma usina, não foi expulsa do país. "Do meu ponto de vista, não", disse, ao ser questionado pela Folha se a perda dos contratos com o Estado é reversível. "Mas não tenho atribuições, é uma decisão do presidente. A única forma que isso possa ser reversível é que o chefe de Estado decida fazê-lo." Vera, por outro lado, disse que a Odebrecht não será obrigada a deixar o Equador, apesar de várias declarações de colegas de governo, inclusive o próprio Correa, nesse sentido.
Equador nega ter obrigado Odebrecht a deixar o país

Clóvis Rossi - O futuro manda notícias (más)
Folha de S. Paulo

A suspensão da campanha por parte do republicano John McCain só reforça a impressão de que, se a atual liderança norte-americana (George Walker Bush) parece inepta, o futuro pode não ser precisamente brilhante.
Antes mesmo do gesto de McCain, Michael Gerson, pesquisador do Council on Foreign Relations, já escrevia, em artigo para o "Washington Post": "A crise financeira resultou em uma estranha inversão da realidade política. Cada campanha presidencial provou-se menos criativa, menos interessante e menos arrojada do que a administração contra a qual ambos, de diferentes maneiras, estão competindo". De fato, desde que a crise ganhou tons dramáticos, tanto John McCain como Barack Obama foram diminuindo de tamanho, suas vozes foram se tornando quase inaudíveis e ninguém (que eu tenha visto) lhes pergunta o que farão com a baita confusão armada em seu país.
Clóvis Rossi - O futuro manda notícias (más)


Eliane Cantanhede - A diplomacia e a fatura
Folha de S. Paulo

Lula se encontra com Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador) na próxima terça, em Manaus. Três contra um, já que Chávez é mentor dos movimentos coordenados, e o Brasil é o alvo.
Morales já chutou o pau da barraca com a Petrobras e a empresa do brasileiro Eike Batista. Correa, outro discípulo chavista, vai no mesmo caminho e ameaça expulsar a Odebrecht e dar calote de US$ 243 milhões no BNDES. Ele acusa a construtora de ter entregue ao país uma usina "que não presta" e que, de fato, está parada desde junho, com sérios problemas.
Eliane Cantanhede - A diplomacia e a fatura

Mercado Aberto - Ninguém ficará isento da crise, diz Mantega
Folha de S. Paulo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirma que nenhum país ficará isento aos problemas gerados pela crise financeira global, inclusive o Brasil, ao comentar as medidas do Banco Central de injetar liquidez no mercado para amenizar os efeitos da crise de restrição ao crédito externo sobre as instituições financeiras. "O impacto da crise é muito forte e não há país que fique isento de algum problema." Para o ministro da Fazenda, no entanto, há os que serão menos atingidos e os que serão mais atingidos, os mais fortes e os mais fracos. E, nessa crise, afirma que os mais fracos são justamente os países mais avançados, a começar pelos Estados Unidos. "Os países avançados estão com o sistema financeiro bichado e vão sofrer mais com a redução do crescimento."
Mercado Aberto - Ninguém ficará isento da crise, diz Mantega


Mónica Bérgamo - Gilmar Mendes visita o "Banho da Moça"
Folha de S. Paulo

Gilmar Mendes, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), deu uma pausa em sua rotina de processos para visitar a Casa Cor de Brasília na terça. O ministro, na verdade, foi prestigiar o espaço criado por dois de seus enteados, o arquiteto Arnaldo de Melo Pinho Filho e a engenheira Daniele Feitosa Guttenberg, que assinam juntos o "Banho da Moça". De acordo com Guiomar Feitosa, mulher de Gilmar e mãe dos dois, o banheiro permite que "a moça" veja TV de todos os cantos. "Ela pode ver as imagens do chuveiro, deitada na banheira e até se maquiando no espelho, já que as imagens da TV são refletidas nele", diz.
LÍNGUA LIVRE
A Justiça não aceitou queixa-crime do PT contra a vereadora Soninha Francine (PPS-SP), que disse numa entrevista que "pessoas do próprio PT vieram se queixar de compra de votos para mim". O juiz considerou que a crítica foi política, que Soninha não se referia à direção do partido, e sim a uma prática genérica que os próprios dirigentes petistas já disseram combater. O PT vai recorrer.
Mónica Bérgamo - Gilmar Mendes visita o "Banho da Moça"

Painel - Alta velocidade
Folha de S. Paulo

Em reunião sobre o PAC, ontem, Lula bateu o martelo para lançar, em 1º de outubro, o edital de concessão de 680 km de rodovias federais -BR-116, no trecho que vai da divisa de Minas até o município baiano de Feira de Santana, e BR-324, de Feira a Salvador. Graças a acordo com o TCU, o governo acredita que poderá realizar o leilão em 1º de dezembro. A empresa ou consórcio vencedor arcará com um investimento de R$ 1,9 bilhão. As obras deverão incluir 550 km de duplicação de pista. A tarifa máxima de pedágio permitida será de R$ 2,90 por cem km. Há um ano, o governo Lula fez sua primeira concessão de rodovias, com trechos no Sul e no Sudeste.
Franjas
A campanha de Geraldo Alckmin avalia que, na fatia do eleitorado não atingida pelas pesquisas telefônicas diárias (os chamados "trackings"), o candidato tucano já teria se descolado do empate com Gilberto Kassab (DEM).
Freio
Mantra repetido pelos alckmistas a propósito da nova fase da propaganda de seu candidato e da situação apontada pelas pesquisas: "Criamos um teto para o Kassab".
Painel - Alta velocidade

Informe JB - O vôo rasante dos espiões
Jornal do Brasil

Atenção passageiros do Aeroporto Internacional de Brasília JK, a Infraero informa: a Prie ­ Assessoria Especial de Inteligência Empresarial ­ criada há um ano, tem um esquema de vigilância e arapongagem montado dentro do terminal. Conta com oito funcionários fixos, sob o comando de um coronel, e com 10 agentes da Agência Brasileira de Inteligência ­ que se revezam em turnos. Tudo isso para quê? Segundo o Ato Administrativo 947/PR/2007, de 31 de maio de 2007, o sistema serve para monitorar riscos e gerir situações. Mas ali não constam os 10 espiões da Abin. Alguns são infiltrados no saguão, entre os passageiros, para vigiá-los. E o JK não é o único. No Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, há um agente da Abin como assessor da superintendência. É pouco para vigiar tanta desordem.
Informe JB - O vôo rasante dos espiões

Petrobras quer manter áreas do pré-sal por mais tempo
Sabrina Lorenzi
Jornal do Brasil

Prazo exploratório de campos mais conhecidos termina na próxima semana

Os prazos exploratórios das áreas mais conhecidas do pré-sal terminam na próxima semana, de acordo com o programa original estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Nos bastidores, a Petrobras trabalha para ficar com as áreas por mais tempo, para evitar a devolução de parte delas para a União. A empresa enviou para a reguladora todos os planos de avaliação com data expirando em setembro, mas Bem-te-vi (BM-S-8), Guará (BM-S-9) e Iara (BM-S-11) ainda não tinham aprovação da agência até a semana passada.
Petrobras quer manter áreas do pré-sal por mais tempo

Faltam líderes e sobram juízes
Coluna - Coisas da Política
Jornal do Brasil

O NEW YORK TIMES reconheceu, ontem, em editorial, que a crise de nosso tempo é de liderança. A autoridade ética dos homens de Estado é absolutamente necessária, até mesmo nas mais adiantadas democracias, como foi o caso de Atenas no tempo de Péricles. Fundador do estado de bem-estar social, com a política de pleno emprego, na construção do grande templo de Partenon e na reconstrução da cidade, saqueada pelos persas, Péricles era também visto como o primeiro dos cidadãos, tanto na inteligência, quanto na conduta ética. Mas a tentação de expandir o império, que o conduziu à guerra contra Esparta, quando ainda havia espaço para a diplomacia, traria as conseqüências conhecidas. Péricles morreu quando o conflito estava em seu terceiro ano. A partir da derrota, Atenas e a Grécia entrariam em declínio, e os gregos perderiam a soberania sobre seus Estados, até a recuperação republicana do século passado. Está sendo mais rápida do que se esperava a decadência dos Estados modernos. Churchill, Roosevelt, Tito, Stalin e De Gaulle foram os últimos líderes da grande luta contra o racismo nazista e, cada um a seu modo, defensores da própria concepção de Estado soberano.
Faltam líderes e sobram juízes

Defesa da liberdade de imprensa e sigilo da fonte
O Globo

Intelectuais reunidos no Rio criticam proposta de que jornalistas sejam obrigados a revelar origem de reportagens

Intelectuais e jornalistas, reunidos ontem na sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Centro do Rio, defenderam a manutenção do sigilo sobre a origem das informações publicadas na imprensa como uma das garantias da liberdade de expressão, citada como um dos pilares da democracia. Coordenador do encontro "Liberdade de expressão: base da democracia", parte do seminário "Brasil, brasis/2008", o acadêmico Arnaldo Niskier deu o tom da discussão ao abrir a reunião:
- Eu não posso entender que esse aspecto, que deveria ser pétreo, esteja sendo questionado por autoridades do governo. Mexer no sigilo (da fonte) é mexer em vespeiro e agredir de forma insólita os princípios mais sagrados da liberdade de imprensa - defendeu Niskier.
Defesa da liberdade de imprensa e sigilo da fonte


Falta de acesso à leitura preocupa
O Globo


Para especialista, analfabetismo e desigualdade criam "mordaça cognitiva"

A falta de acesso de parte da população a jornais e livros ameaça o sentido pleno de liberdade de imprensa, na análise de especialistas reunidos ontem no encontro organizado pela ABL. O jornalista José Marques de Melo afirma que a democracia no Brasil do século XXI esbarra no que chamou de "raquitismo da cidadania", alimentada pela "mordaça cognitiva", criada pelo analfabetismo e pela ignorância de parte da população.
- Ao ingressar no século XXI, o Brasil enfrenta mal endêmico. A maioria não tem acesso à leitura. A expansão das tiragens diárias dos jornais mostra-se descompassada com o ritmo do crescimento demográfico. Encontram-se privados da liberdade de imprensa esses bolsões da população que são marginalizados da cultura letrada - disse.

Falta de acesso à leitura preocupa

Fila do transplante ficará disponível na internet
O Globo

Medida, que dará mais transparência ao processo, integra pacote de ministério para estimular a doação de órgãos

O Ministério da Saúde lançou ontem um pacote de medidas para estimular a doação de órgãos e de transplantes no país. As medidas vão desde o reajuste de até 40% dos procedimentos de transplante custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até a disponibilidade, na internet, da lista pública dos candidatos à cirurgia, permitindo que os pacientes que aguardam um órgão possam acompanhar pelo computador a sua situação e o andamento da fila. O Ministério espera montar em 60 dias este sistema de informática nacional. Hoje, em alguns estados, como o Rio de Janeiro, já é possível o paciente acessar pela internet a lista da central estadual.
Fila do transplante ficará disponível na internet

A crise financeira: e agora, quem pagará a conta?
Coluna - Yoshiaki Nakano
Valor Econômico

A crise financeira nos EUA parece ter atingido o chamado "momento Minsky". O presidente Bush anunciou, pela TV, que se as medidas de socorro não forem tomadas imediatamente, as consequências para a economia americana serão severas. Com o colapso dos preços dos ativos financeiros, seus efeitos negativos sobre os consumidores poderão ser amplificados pelo "acelerador financeiro" com contração generalizada de crédito, desacelerando a demanda agregada já em queda. A proposta do secretário de Tesouro, que pediu ao Congresso plenos poderes para gastar US$ 700 bilhões para comprar "ativos podres", deverá ser aprovada, mas encontra resistências, pois não define quem pagará o prejuízo.
A crise financeira: e agora, quem pagará a conta?

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