sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Argemiro Ferreira

Guantánamo, uma indecência de 110 anos

A foto acima é do momento em que o presidente Barack Obama assinou a ordem de fechamento da prisão de Guantánamo. Por enquanto, só o que o governo dele ousou dizer a respeito da extensa área de território cubano sob controle indecente dos EUA há 110 anos, foi essa referência à mudança do status dado pelo antecessor George W. Bush, ao transformá-la em infame centro de tortura, chamado há três anos pela Anistia Internacional de “Gulag do nosso tempo” (veja abaixo a cartaz do filme The Road to Guantanamo, premiado no festival de Berlim).
Em cumprimento a promessas de campanha, o governo Obama decidiu pela proibição da tortura e pelo fechamento da prisão - como também das demais prisões secretas da CIA (Agência Central de Espionagem) espalhadas pelo mundo, nas quais se terceirizava a prática da tortura. Mas Guantánamo é uma indecência jurídica e uma relíquia colonial do império sonhado pelos EUA no século 19.
Ocupada pela força das armas, Guantánamo já então era intolerável. Ainda o é hoje. Os próprios americanos, por uma questão de dignidade e bom senso, há muito deviam tê-la devolvido como excrescência ofensiva não só ao povo cubano, cuja liberdade os EUA alegam defender, mas a toda a América Latina - já que impingida a partir de lei americana abusiva que tratava de destinação de verbas do Exército.
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