sábado, 23 de maio de 2009

Educação à distância...

En­si­no ou fá­bri­ca de di­plo­ma?

Mer­ca­do de tra­ba­lho dis­cri­mi­na pes­so­as for­ma­das em cur­sos mi­nis­tra­dos à dis­tân­cia
AN­DRÉIA BA­HIA

De 2003 a 2006, a ofer­ta de cur­sos su­pe­ri­o­res à dis­tân­cia no Bra­sil cres­ceu 571 por cen­to e o nú­me­ro de alu­nos, 356 por cen­to em três anos. Uma ex­pan­são des­con­tro­la­da, se­gun­do Hé­lio Cha­ves Fi­lho, di­re­tor de Re­gu­la­ção Su­pe­ri­or do En­si­no a Dis­tân­cia da Se­cre­ta­ria de Edu­ca­ção à Dis­tân­cia do Mi­nis­té­rio da Edu­ca­ção e Cul­tu­ra (MEC), e que re­per­cu­tiu na qua­li­da­de dos cur­sos ofe­re­ci­dos. É o que aponta uma ava­li­a­ção que os ins­pe­to­res do MEC vêm fa­zen­do nas ins­ti­tu­i­ções que ofe­re­cem cur­sos à dis­tân­cia. Até ago­ra, oi­to ins­ti­tu­i­ções re­ce­be­ram a vi­si­ta sur­pre­sa dos ins­pe­to­res do MEC, uma pú­bli­ca, a Fun­da­ção Uni­ver­si­da­de de To­can­tins (Uni­tins), e se­te pri­va­das. Es­tas oi­tos ins­ti­tu­i­ções reú­nem 60 por cen­to dos 760 mil alu­nos dos cur­sos à dis­tân­cia mi­nis­tra­dos no pa­ís. “Nes­sa pri­mei­ra ro­da­da de ava­li­a­ções es­ta­mos fa­zen­do uma ope­ra­ção pa­drão em to­das as ins­ti­tu­i­ções, pas­san­do um pen­te fi­no em to­das elas, e co­me­ça­mos por aque­las que têm o mai­or nú­me­ro de de­nún­cias e que são tam­bém as que têm o mai­or nú­me­ro de alu­nos”, ex­pli­ca Hé­lio Cha­ves. To­das as ins­ti­tu­i­ções ava­li­a­das até ago­ra apre­sen­ta­ram pro­ble­mas. “As ins­ti­tu­i­ções es­tão pre­ca­ri­zan­do o en­si­no com a re­du­ção do con­te­ú­do e do tem­po de aten­di­men­to ao alu­no”, ob­ser­va o di­re­tor do MEC. Em al­guns ca­sos, diz ele, foi ob­ser­va­da uma re­du­ção de um ter­ço do con­te­ú­do. Além das re­cla­ma­çóes em re­la­ção a qua­li­da­de do en­si­no, pe­sou con­tra a Uni­tins a de­nún­cia de co­bran­ça de men­sa­li­da­de. As ins­ti­tu­i­ções pú­bli­cas são pro­i­bi­das de co­brar pe­los cur­sos ofe­re­ci­dos. O MEC não pre­ten­de, com a su­per­vi­são dos cur­sos à dis­tan­cia, cer­ce­ar a li­ber­da­de das ins­ti­tu­i­ções na cri­a­ção de seus mo­de­los me­to­do­ló­gi­cos, to­da­via, afir­ma o di­re­tor do MEC, não vai per­mi­tir dis­tor­ções co­mo cons­ta­tadas em uma ins­ti­tu­i­ção, on­de o nú­me­ro de alu­nos por pro­fes­sor pas­sa­va de mil. O MEC re­co­men­da que a edu­ca­ção à dis­tân­cia te­nha co­mo re­fe­ren­cia a re­la­ção alu­no-pro­fes­sor das bo­as ins­ti­tu­i­ções de en­si­no pre­sen­cial, on­de o nú­me­ro de alu­nos por pro­fes­sor não pas­sa de 40 ou no má­xi­mo 50. Em Go­i­ás, ape­nas três ins­ti­tu­i­ções de en­si­no su­pe­ri­or têm a au­to­ri­za­ção do MEC pa­ra mi­nis­trar cur­sos à dis­tân­cia: a Uni­ver­si­da­de Fe­de­ral de Go­i­ás (UFG) e a Uni­ver­si­da­de Es­ta­du­al de Go­i­ás (UEG), am­bas em ca­rá­ter ex­pe­ri­men­tal, e a Uni­ver­si­da­de Ca­tó­li­ca de Go­i­ás (UCG). Ne­nhu­ma pas­sou pe­la ava­li­a­ção do MEC, que es­tá pri­o­ri­zan­do as ins­ti­tu­i­ções com mais de 20 mil alu­nos. A UEG tem 1.400 alu­nos ma­tri­cu­la­dos em seus três cur­sos à dis­tân­cia: 1.100 em dois cur­sos de ex­ten­são e 300 no de li­cen­cia­tu­ra em Bi­o­lo­gia. A UFG ofe­re­ce cin­co cur­sos de li­cen­cia­tu­ra e dois de pós-gra­du­a­ção e a UCG, 12 de ex­ten­são.

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