sábado, 18 de julho de 2009

Honduras

O “lobby” golpista aposta tudo em Hillary

Bastaria um mínimo de atenção às fotos da situação em Honduras (acima, militares contra protesto; abaixo, à direita, um ataque a jornalistas; no fim deste post, a reza das marchadeiras) para qualquer um concluir que o golpe militar em nada difere de outros da tradição imposta ao continente para servir aos EUA – desde os tempos da United Fruit (conheça AQUI os versos de Pablo Neruda sobre ela), que deu origem à expressão “república de banana” e nas últimas décadas tem mudado de nome (foi também United Brands, agora virou Chiquita Brands – saiba mais AQUI e AQUI).
No domingo o Los Angeles Times alegou (leia AQUI) que a derrubada do presidente Manuel (Mel) Zelaya é diferente – “exemplo de uma rebelião de novo tipo na luta da América Latina, no qual os líderes da esquerda desafiam o status quo e testam os limites da democracia”. Afirmou ainda: “naquela noite os militares de Honduras desligaram telefones para não ter de falar com autoridades dos EUA”.
Será? Na verdade até o truque de fingir que nada tem a ver com o golpe foi repetido pelos EUA, como no passado (em 1964 o cínico embaixador Lincoln Gordon jurou que o golpe tinha sido “100% brasileiro”). Em Honduras outra semelhança foi a ação precipitada de grupelhos: um general e dois coroneis invadiram a casa de Zelaya de madrugada, arrancaram-no da cama e tornaram o golpe fato consumado ao enfiá-lo de pijama no avião militar.
Do Blog do Argemiro Ferreira...




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