segunda-feira, 27 de julho de 2009

José Múcio reafirma apoio total a Sarney e critica senadores petistas

O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, confirmou nesta segunda-feira que o governo mantém total apoio para a permanência do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no cargo. “A determinação do governo continua sendo de apoiar Sarney”, confirmou o ministro após reunião de coordenação política.

Ao ser questionado sobre a nota divulgada, na última sexta-feira, pelo líder do bloco de apoio ao governo, senador Aloísio Mercadante (PT-SP), que pede o licenciamento de Sarney do cargo, Múcio foi direto ao assunto, mostrando que Lula desautoriza a posição dúbia de Mercadante: “O que nós avaliamos é que isto não é um movimento do PT, mas o posicionamento de um ou dois senadores insatisfeitos por qualquer motivo”.
A avaliação do governo é de que bancada do PT no Senado emitiu nota inútil e fora de hora. A nota, para Múcio, significa uma rendição incondicional à oposição. Segundo partidários de Dilma Rousseff, através do seu blog, “nenhuma condição em contraponto à pauta da oposição foi proposta. Nada de exigir renúncia de toda a mesa do Senado”. Eles consideam muito grave o fato de que a renúncia do vice-presidente Marconi Perillo sequer foi abordada na nota, como condição para recompor forças na mesa do Senado. Simplesmente renderam-se, incondicionalmente, à liderança da oposição no Senado. "O que leva os senadores saírem do recesso, em uma sexta-feira, para fazer uma nota insossa, que só é útil para a oposição tomar o poder no Senado, e para dar assunto e argumento na imprensa para atacarem o presidente Lula querendo colar a imagem à Sarney, quando apenas defende a governabilidade?", indaga o Blog.
E levantam algumas quetões decisivas: "os senadores, antes de dar ouvidos apenas às chantagens da mídia, deveriam perguntar às suas consciências: quem vai carregar bandeiras de candidatos ao senado do PT em 2010, se eles não carregam as bandeiras dos eleitores depois de eleitos?Os senadores do PT tem o dever e a missão de garantir no Senado a execução dos programas de governo prometidos na campanha eleitoral ao eleitor. Tem o dever de defender o pré-sal do neoliberalismo lesa-pátria dos demo-tucanos".
Representação fica para terça-feira
Após divulgar que iria protocolar na tarde desta segunda-feira uma representação contra Sarney no Conselho de Ética, o PSDB informou que apresentará o documento só nesta terça-feira. O anúncio da representação do partido reúne quatro denúncias individuais feitas pelo líder do PSDB, o senador Arthur Virgílio, que neste final de semana, mais uma vez, foi questionado pela revista “IstoÉ”, se não vai devolver logo o dinheiro do Senado que financiou o estudo de um funcionário seu na Europa .
O vice-líder do PSDB no Senado acredita que dentro do Partido a única voz contrária à saída de Sarney da presidência é senador Papaléo Paes (AP), aliado do presidente da Casa. No entanto, a dissidência de Paes não foi suficiente para impedir reação do partido.

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