sexta-feira, 31 de julho de 2009

Lula mandou os Zés Dirceu e Sarney se unirem por Dilma

Por Vicente Limongi Netto, jornalista em Brasília

Analistas de meia pataca e manchetes delirantes continuam inseparáveis. Ao dizer que não votou em Sarney, não creio que Lula tivesse a intenção de redescobrir a pólvora. Mas foi o bastante para atiçar o timeco das vestais grávidas. O jogo político é para profissionais. Quem está no poder não quer sair, quem está fora dele, fica louco para entrar. É um imenso teatro para ver quem sobrevive nas eleições do ano que vem. Vale tudo na política, menos perder. Daí o desconsolo e o desespero de alguns, sabedores que não se reelegem mais nem para vigia noturno da rua, do prédio ou do condomínio onde moram. O jogo é claro: desafetos do governo tentam abalar Lula, arrancando Sarney do cargo para o qual foi eleito pela maioria dos senadores. Ou seja, agem como golpistas e maus perdedores. Aliados de Lula, por sua vez, não admitem e não poderia ser diferente, que adversários do PSDB e DEM, ocupem espaços valiosos com a improvável saída de Sarney. Concluindo, lembro aos açodados cientistas políticos por correspondência que o ex-ministro José Dirceu entrou no jogo pela permanência de Sarney. Vestiu a camisa do PMDB, Lula, PT, Dilma e governabilidade, para ganhar. Até as pedras das ruas sabem, diria Nelson Rodrigues, quem chamou Zé Dirceu para esta missão. Quem raciocina sabe, quem vocifera e briga com os fatos, finge que não sabe.

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