sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Opinião, Notícia e Humor


MANCHETES DOS JORNALÕES

CORREIO BRAZILIENSE
QUEBRA DE SIGILO DOS ENVOLVIDOS NA PROPINA

O Ministério Público Federal pediu ontem à noite ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a quebra dos sigilos bancário e fiscal de pessoas físicas e de empresas investigadas no inquérito judicial que deu origem à Operação Caixa de Pandora. Em parecer enviado ao ministro Fernando Gonçalves, responsável pelo inquérito no STJ, a subprocuradora-geral da República Raquel Ferreira Dodge justifica o fim dos sigilos dos investigados por entender que existem “indícios consistentes de que participam do esquema de desvio e de apropriação de recursos públicos no Distrito Federal”, segundo nota divulgada pela Procuradoria-Geral da República.

Governador de SP fala em ‘afinidade de valores’ com mineiro; para assessores de Lula, é uma ‘boa notícia’. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, anunciou a retirada de sua pré-candidatura à Presidência pelo PSDB. Mesmo sem citar José Serra em seu pronunciamento de sete minutos, Aécio lançou a responsabilidade pela definição da candidatura tucana para o governador de São Paulo. A decisão de Aécio foi comunicada, antes do pronunciamento, ao próprio Serra e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em nota, Serra manifestou “afinidade de valores” com Aécio. Apesar da desistência, a possibilidade de recuo permanece. “O governador José Serra não anunciando sua candidatura, nós teremos que conversar com o governador Aécio”, afirmou o deputado Rodrigo de Castro, secretário-geral do PSDB. Assessores do presidente Lula disseram que foi uma “boa notícia” o anúncio da desistência de Aécio. Eles afirmaram que, embora esteja atrás nas pesquisas, o mineiro teria mais potencial para crescer até a eleição do ano que vêm. (págs. 1 e A4 a A7)

Mineiro diz que sua costura de alianças ficou comprometida pela demora da definição tucana. O governador de Minas, Aécio Neves, anunciou que desistiu da candidatura à Presidência pelo PSDB. A decisão deixa o governador de São Paulo, José Serra, como único nome tucano para a disputa. Pressionado a aceitar a vaga de vice de Serra, Aécio não disse o que fará nas eleições. O mineiro chegou a convidar o paulista para participar de seu pronunciamento, mas Serra declinou, alegando compromissos. No texto que leu, Aécio disse que sua intenção era obter "um perfil mais amplo" de alianças e deixou claro que a decisão de Serra de só se definir sobre a candidatura em março minaria esse esforço. Ele advertiu ainda que o partido deve evitar o "confronto plebiscitário", em alusão à estratégia petista de opor o presidente Lula ao ex-presidente FHC. Em nota, Serra disse que concorda com Aécio e afirmou: "Não somos semeadores da discórdia". (págs. 1 e A4 a A8)

JORNAL DO BRASIL
AÉCIO DESISTE E ABRE CAMPANHA

Decisão força José Serra a sair como o rival do PT . A principal definição para a sucessão presidencial foi dada com a desistência do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), de concorrer, em favor do colega de São Paulo, José Serra. Aécio, que queria propor prévias internas, alegou falta de tempo hábil para cooptar partidos da base governista. Para cientistas políticos ouvidos pelo JB, o anúncio abre, de fato, a campanha por forçar Serra a assumir que será o rival de Dilma Rousseff. O PT considerou a desistência "previsível" e anunciou que não pretende rever sua estratégia para as eleições. (págs. 1 e País A6)

O GLOBO
O DIA D DO PLANETA

Líderes mundiais fazem reunião de emergência na madrugada, atrás de acordo. Depois do fracasso de ministros e diplomatas, que não chegaram a um consenso após 11 dias de intensas discussões, líderes mundiais passaram a madrugada reunidos, em busca, até o último instante, de um plano de combate às mudanças climáticas. Ontem, Brasil e China acertaram uma posição comum para pressionar os países ricos a aceitar um acordo com poder de lei. Em troca, permitiriam inspeções dos cortes de emissões financiados pela comunidade internacional. Brasil e França convocaram os 25 maiores emissores para fechar um acordo, que precisa ser assinado ainda hoje. (págs. 1, 48 e 49)

VALOR ECONÔMICO
SEM CONCESSÕES DOS EUA, CÚPULA RUMA AO FRACASSO

A manhã foi ensolarada, mas escureceu cedo ontem na gelada e apreensiva Copenhague. O fracasso da conferência do clima é iminente. Salvo uma reviravolta de última hora, o encontro deve terminar no fim de semana com um acordo pífio, que adia para 2010 a definição da estratégia de combate ao aquecimento global. As divergências, principalmente entre EUA e China, devem ficar para outra reunião, a menos que o presidente Barack Obama, que chega hoje a Copenhague, assuma um improvável comprimisso de fazer maior redução nas emissões de gases nos EUA. Também é possível que o bloco europeu coloque a meta de 30% de corte em 2020, em relação aos níveis de 1990, sobre a mesa, forçando um compromisso mais firme dos demais participantes da conferência. Ao lado do presidente da França, Nicolas Sarkozi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou o que já diziam os cartazes de organizações ambientalistas espalhados pela capital da Dinamarca antes da CoP-15. Lula disse que se não articularem um acordo mínimo, os líderes serão lembrados no futuro como os “dirigentes que foram incompetentes para salvar o planeta enquanto era possível”. À noite, Lula, Sarkozi e os primeiros-ministros da Alemanha, Angela Merkel, e da Inglaterra, Gordon Brown, articulavam uma reunião com outros presidentes para tentar salvar Copenhague do fracasso total. Eles deveriam se reunir após jantar com a rainha da Dinamarca. Ironicamente, boas notícias haviam surgido pela manhã. Em uma reunião com Lula, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, disse que estava disposto a aceitar a inspeção internacional apenas para os investimentos externos no combate ao aquecimento global. No caso de investimentos próprios, a China concordou em no máximo apresentar relatórios às Nações Unidas. Esta foi a carta nova colocada sobre a mesa por Brasil e China. Na sede da conferência, o Bella Center, a chanceler americana, Hillary Clinton, exigia “transparência” nos compromissos assumidos. (págs. 1, A10 e A11)

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