sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Bento XVI e o significado da arte

Elisabeth Hellenbroich

Em 22 de novembro último, o papa Bento XVI proferiu um memorável discurso na Capela Sistina, dirigindo-se a 250 artistas de renome internacional, entre poetas, pintores, cineastas, músicos e outros, reunidos para celebrar o décimo aniversário da célebre Carta aos artistas, de João Paulo II. Nesta última, seu antecessor referiu-se aos artistas como "guardiães da beleza", dedicados à busca de novas epifanias da beleza.
A iniciativa ocorre em um momento crucial para a humanidade. Embora o tema do discurso fosse a beleza, o Pontífice aproveitou a ocasião para pedir aos artistas que empreguem os seus talentos no serviço do bem comum. O apelo é relevante em um momento histórico caracterizado de forma crescente por convulsões sociais, guerras, pessimismo, hedonismo, materialismo e secularismo. Enquanto a maioria da humanidade se vê escravizada pela luta cotidiana pela sobrevivência e uma pequena minoria, motivada pela cobiça pelo poder, explora os recursos do planeta e o trabalho de milhões de pessoas em nome dos lucros financeiros, muitas outras abandonaram a sua fé e confiança no futuro e passaram a viver o presente, de um momento a outro.
A arte e a beleza, disse o papa, são instrumentos indispensáveis para redespertar o que torna o homem verdadeiramente humano, a sua razão criativa, e os artistas têm a responsabilidade de liderar a humanidade na retomada do caminho da sua verdadeira vocação, a "natureza transcendente" do homem.

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