segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DOS JORNALÕES


Cinco dias após o início das buscas, equipes de resgate continuam a encontrar, sob os escombros, sobreviventes do terremoto que abalou Porto Príncipe. Alguns foram localizados depois de enviarem mensagens de texto a amigos e parentes informando onde estavam. Autoridades norte-americanas estimam em 200 mil o número de mortos. Retrato do desamparo. Do gabinete improvisado em uma delegacia, o presidente do Haiti, René Préval, admite que seu governo está disperso e paralisado. Violência é cada vez maior. Saques e confrontos na disputa por alimentos se intensificam. Líderes de gangues voltam às favelas e são mais uma ameaça para a população. (págs. 1 e 12 a 14. QR Code com galeria de fotos e vídeos da tragédia)

Ondas de saque e tiroteios continuam, e presidente afirma que há mais bandidos nas ruas que policiais. As ondas de saque e trocas de tiros na capital do Haiti estão atrapalhando os trabalhos de resgate e a distribuição de água e alimento às vítimas do terremoto que atingiu o país na terça-feira. O presidente haitiano, René Préval, disse que há mais bandidos que policiais nas ruas da cidade. "Temos 2.000 policiais em Porto Príncipe que foram severamente afetados. E 3.000 bandidos escaparam da prisão. Isso dá uma ideia de quão ruim está a situação." Membros de gangues armados voltaram a controlar a favela de Cité Soleil, a maior de Porto Príncipe.

Hillary e Amorim participam de teleconferência para definir áreas de ação. Brasil e Estados Unidos participaram ontem, com mais oito países e representantes da ONU e da OEA, de uma teleconferência para definir os papéis e limites de cada um na tarefa de controlar o caos no Haiti, que se agravou, chegando à beira da anarquia. Ficou decidido que os EUA cuidarão da ajuda humanitária aos sobreviventes do terremoto e o Brasil terá papel preponderante na segurança uma forma de superar atritos entre as chancelarias dos dois países. Segundo a secretária Hillary Clinton, o governo haitiano deu aos EUA "liberdade de ação", informa Patrícia Campos Mello, de Washington. "A distribuição das tarefas está sendo feita", disse depois o chanceler Celso Amorim, relata Débora Thomé. O Conselho de Segurança da ONU discutirá hoje a presença de militares no país. (págs. 1 e A10)
JORNAL DO BRASIL
AJUDA CHEGA, APESAR DA VIOLÊNCIA

ONU calcula que mais de 100 mil haitianos já receberam suprimentos. Enquanto gangues e criminosos tomam conta das favelas e os tumultos e saques se multiplicam, o Programa Mundial de Alimentos da ONU, sob forte proteção da Minustah, distribuiu mantimentos para cerca de 100 mil haitianos desde o terremoto da terça-feira passada. As equipes de resgate também trabalham sem descanso e já rastrearam 60% das áreas mais afetadas de Porto Príncipe em busca de sobreviventes. No Brasil, parlamentares lembraram ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que o governo precisará da autorização do Congresso para estender a permanência das tropas brasileiras no país caribenho. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A4)

Após fuga de prisão destruída, bandidos voltam a favela e ameaçam moradores. A reorganização das gangues criminosas em Cité Soleil, a maior favela do Haiti, com 300 mil moradores, virou o grande desafio aos esforços de estabilização do país e à reconstrução após o terremoto. Os três mil criminosos que fugiram de prisão destruída se armaram e voltaram à favela, onde ameaçam os moradores, relata Gilberto Scofield Jr. A polícia haitiana reprimiu a ação de saqueadores; houve tiroteios e linchamentos nas ruas da capital. A explosão de violência prejudicou a distribuição de alimentos à população. Para o general Floriano Peixoto Vieira Neto, comandante das tropas da ONU, a situação ainda não fugiu ao controle, mas ele pediu reforço de 200 soldados que atuavam no interior. O Conselho de Segurança da ONU se reúne hoje para decidir se aumenta o número de tropas. Cinco sobreviventes foram resgatados ontem. (págs. 1 e 20 a 23)
VALOR ECONÔMICO
BRASIL RETOMA POSIÇÕES NO MERCADO ARGENTINO

Após meses de guerra comercial, o governo argentino começou a normalizar o ritmo de liberação das licenças não automáticas de importação para produtos brasileiros, que vinha ultrapassando o prazo legal de 60 dias fixado pela Organização Mundial do Comércio (OMC). A redução do tempo de análise — em alguns casos, superior a 240 dias — já permitiu à indústria brasileira reconquistar a liderança no mercado local de calçados. O governo brasileiro diz que está superada a questão de atrasos na liberação de autopeças, à exceção de problemas “pontuais”. Fabricantes de pneus também estão prestes a receber uma boa notícia: o Ministério da Produção da Argentina, a pedido dos importadores e comercializadores, prometeu tornar mais flexível o processo de licenciamento nos próximos dias. (págs. 1 e A4)

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