segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mitos Climáticos

Perguntas e respostas com o Prof. Molion (4)

11 - Por falar em energia, quais as fontes o senhor acredita que o Brasil deveria priorizar para assegurar o crescimento da economia previsto para os próximos anos?

R. O Brasil pode explorar mais a hidroeletricidade, pois ainda tem cerca de 70% de seu potencial inexplorado. E o biodiesel, que hoje é feito de óleo de soja, pode ser feito de óleo de palmáceas nativas amazônicas, como buriti, por exemplo, e de dendê (palma africana), que poderia ser plantada para recuperar as terras desmatadas e degradadas na Amazônia. Existem mais de 660 espécies de palmáceas nativas na Amazônia, que é uma verdadeira “Arábia Saudita” verde e renovável, cujos “poços” estão em cima da superfície. Colhem-se apenas os frutos e, no ciclo seguinte, a planta os renova. Particularmente no Nordeste, pode-se utilizar a energia solar abundante na Região, convertendo-a em energia elétrica por meio de concentradores solares de calha parabólica, por exemplo.Há preocupações com cana-de-açúcar e soja, que são plantações extensas, que dependem das condições climáticas que não serão favoráveis nos próximos 20 anos. A atividade solar estará diminuindo nos próximos 22 anos e o Oceano Pacífico, que ocupa 35% da superfície terrestre, estará esfriando nesse mesmo período. Minha hipótese é que estaremos entrando em um resfriamento global e isso é ruim para o Brasil. A última vez que isso ocorreu, entre 1947-1976, choveu menos e disponibilidade hídrica foi menor e a freqüência de geadas foi maior nos invernos. Isso, por exemplo, erradicou o cultivo do café no Paraná. Outra preocupação com cultivos extensos é que, atualmente, não trazem benefício social algum. Há que se encontrar uma forma de evitar esse aspecto para beneficiar a população local. Não sou favorável à energia eólica, pois, além de ter sua implantação dispendiosa, não se têm ventos fortes e persistentes no Brasil, adequados para seu aproveitamento. Vento depende de sistemas de altas e baixas pressões atmosféricas, é errático ou caótico, e não pode ser “programado” para soprar no período de pico de consumo, por exemplo, das 18h às 20h.

12 - O que precisa ser mudado no comportamento da indissolúvel relação que o homem mantém com o meio ambiente?

R. A conservação ambiental é condição essencial para sobrevivência da Humanidade. Temos que mudar nossos hábitos de consumo se quisermos que as gerações futuras tenham condições de vida semelhantes às nossas. E isso não tem nada a ver com mudanças climáticas. Aqueça ou esfrie, a conservação ambiental é necessária.

13 - Como o Brasil deveria gerir o uso dos mais diversos recursos naturais disponíveis em nosso território, principalmente na Amazônia? Que investimentos em ciência e tecnologia têm de ser contemplados?

R. A grande riqueza da Amazônia é sua biodiversidade e o desmatamento acaba com essa biodiversidade. Sabe-se muito pouco dessa biodiversidade, particularmente no que concerne a insetos talvez menos de 10%. Existem técnicas de desenvolvimento para a Amazônia que podem ser aplicadas sem que haja destruição. Os investimentos em C&T devem se voltar para esses aspectos de desenvolvimento duradouro, em harmonia com as condições ambientais. Poderia começar, de imediato, com silvicultura (enriquecimento florestal, com espécies de alto valor comercial), sistemas agroflorestais e agrosilvipastoris, extrativismo de alta tecnologia de fármacos (alcalóides, aminoácidos, por exemplo), óleos essenciais, produtos nutricionais (de plantas e animais), que usam e não destroem a floresta. Em um prazo maior, contemplar pesquisas em recuperação de áreas degradadas, óleoquímica de óleos de palmáceas, fitomelhoramento, bioquímica, bioengenharia, entre outras.

14 - A afirmação que 70% das emissões de carbono brasileiras vem da destruição e queimadas na Amazônia está correcta?

R. Não, esse número é exagerado! Isso porque, para se calcular as emissões de CO2, é necessário se conhecer a densidade da biomasssa, ou seja, quantas toneladas de matéria vegetal seca existe por hectare (t/ha). Um número médio, aceite para a Amazônia Brasileira, é 300 t/ha. Entretanto, a área que está sob pressão da agropecuária, o chamado “arco do desmatamento”, é uma floresta de transição que é submetida a um período de baixa precipitação pluviométrica, estendendo-se de 4 a 6 meses. Nessas áreas, a densidade de biomassa é menor, possivelmente entre 100 t/ha e 150 t/ha e, portanto, mesmo que se considere a libertação de 100% do carbono na queima, o que de fato não ocorre, ainda assim as emissões de carbono na fronteira agrícola seriam da ordem de 50% a 60% menor que as estimadas atualmente. É desnecessário enfatizar que há necessidade de se diminuir o desmatamento, não só por conta da fantástica biodiversidade existente na região, como também pelo fato de o maior impacto do desmatamento ser a erosão, que degrada os solos já pobres, em média, assoreia os rios, muda a qualidade da água e da vida aquática, além de mudar seus regimes hidrológicos.15 - Outras considerações importantes ?

R. O homem não tem condições de mudar o clima global, mas tem grande capacidade de modificar/destruir seu ambiente local. A Terra tem 71% de oceanos e 29% de continentes. Desses 29%, metade é constituída de gelo (geleiras) e areia (desertos). Do restante, 7 a 8% estão cobertos com florestas nativas e plantadas. O homem manipula, então, cerca de 7% da superfície global e, portanto, não pode destruir o mundo. Os oceanos, juntamente com a atividade solar, são os principais controladores do clima global. Mas, existem outros controladores externos, como aerossóis vulcânicos e, possivelmente, raios cósmicos galácticos que podem interferir na cobertura de nuvens. Em resumo, o clima da Terra não é resultante apenas do efeito-estufa ou do CO2 e sua concentração. Ele é um produto de tudo que ocorre no Universo e que interage com nosso Planeta. Como foi dito, a conservação ambiental é independente de mudanças climáticas e é necessária para a sobrevivência da Humanidade.

DO BLOG MITOS CLIMÁTICOS

Veja a entrevista completa clicando nos links a seguir:

"Perguntas e respostas com prof. Molion (3)

Perguntas e respostas com prof. Molion (2)

Perguntas e respostas com o prof. Molion (1)

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Agora, vacine-se definitivamente contra as imbecilidades difundidas. Não deixe de ler essas importantes publicações sobre o tema, que já disponibilizamos no nosso Blog:

Palestra de J. C. de Almeida Azevedo: Verdades sobre o Aquecimento Global (Parte I)

Palestra do Prof. J. C. de Almeida Azevedo: Verdades sobre o Aquecimento Global (Parte II)

Clique aqui para assistir ao vídeo 1 do filme “A grande fraude do aquecimento global" (The Great Global Warming Swindle). Depois não deixe de ver o filme completo.Seguem as demais partes:

Parte 2 - Parte 3 - Parte 4 - Parte 5 - Parte 6 - Parte 7 - Parte 8 - Parte 9 .

Se não conseguir acessar clicando nas partes acima, saiba que o documentário completo está permanentemente disponível na parte final das postagens deste Blog. Confira...


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