sexta-feira, 26 de março de 2010

Do "Conversa Afiada", do Paulo Henrique Amorim

Serra candidato é fugir para a frente

26/março/2010 12:28

A culpa é do Goldman

A culpa é do Goldman

Conversei com Tirésias, o profeta.

- Por que o Serra quer ser Presidente, se ele vai perder ?

- Porque ele se deixou sem opção.

- Qual seria a alternativa ?

- Uma alternativa com chance de vitória.

- Com chance de vitória contra o Lula ?

- Não, contra a Dilma.

- E qual seria essa chance ?

- O Aécio.

- Sim, mas isso já foi para o brejo.

- O Aécio jogou ele numa armadilha e ele caiu.

- Então, ele não tinha alternativa: tinha que ser candidato a Presidente e não à re-eleição …

- Serra sempre faz assim: ele foge prá frente.

- O que quer dizer isso ?

- Ele sempre cria um fato político novo para não ser julgado pelo que acabou de fazer.

- Então, caro profeta, isso significa que ele vai para a campanha a Presidente para deixar a bomba de São Paulo estourar no colo do Goldman.

- Exatamente.

- Quer dizer que no dia seguinte ao lançamento da candidatura, o alagão no Jardim Romano é culpa do Goldman.

- Claro !

- Fugir prá frente … Interessante, pensei.

- Seria um risco muito grande perder a eleição para governador.

- Mas, os tucanos não são sempre imbatíveis em São Paulo ?

- Quem disse isso ?

- O Lula deu aquela surra no Serra em 2002 por causa do desastre que foi o Governo do FHC. O Governo dele em São Paulo é um desastre.

- É, mas o PiG (*) tranca o desastre no armário.

- Que PiG (*) ! Se o PiG(*) ganhasse a eleição, o Lula estava num botequim de São Bernardo tomando cerveja e enchendo a pança …

- Mas, espera aí: você disse, caro profeta, que o Aécio tinha chance de ganhar, porque ia enfrentar a Dilma. O Serra também vai enfrentar a Dilma.

- Meu querido, como diz o Paulo Henrique Amorim, o Vesgo tem mais chance do que o Serra.

- E você acredita no Paulo Henrique Amorim ?

- Claro, porque o brasileiro não elege um paulista presidente em 2010 nem debaixo de vara.


Paulo Henrique Amorim

(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

Conversa Afiada

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