quarta-feira, 31 de março de 2010

Marcha contra a Guerra

Joana S. Piedade
Fonte: TMI-AP

“Guerra é terrorismo”, “Precisamos de escolas e de emprego, não de guerra”.

Foram estas algumas das palavras de ordem que se fizeram ver e ouvir junto à Casa Branca em Washington D.C., dia 20 de Março (sábado). Cerca de três mil pessoas manifestaram-se contra a presença militar no Iraque e Afeganistão, exigindo o regresso do contigente norte-americano. O cortejo, que aconteceu precisamente sete anos depois da deposição do regime de Saddam Hussein, percorreu toda a baixa da cidade e foi organizado pela coligação A.N.S.W.E.R. (Act Now to Stop War and End Racism) a que se juntou uma representação dos veteranos de guerra do Iraque. Durante o encontro, os intervenientes nos discursos defenderam que as guerras no Iraque e Afeganistão são “meros meios para atingir o objetivo do controlo do circuito do petróleo” e não passam de conflitos “onde trabalhadores pobres dos Estados Unidos são enviados para lutar contra trabalhadores pobres de outros países para benefício de empresas presididas por multimilionários”.Nesta iniciativa, os manifestantes construíram caixões de cartão que forraram com as bandeiras do Iraque, Afeganistão, Somália, Paquistão, Palestina e Estados Unidos, simbolizando as mortes provocadas pelos diversos conflitos. Posteriormente, seguiram num périplo pelas ruas da cidade e depositaram os caixões à porta da Halliburton, empresa que acusam de lucrar com a guerra, da redação do jornal “The Washington Post”, cuja linha editorial é vista pelos manifestantes como pró-guerra e junto ao portão da Casa Branca. Este momento foi um dos mais marcantes do dia quando as famílias de alguns militares norte-americanos mortos nos conflitos lembraram o desaparecimento dos entes queridos. Os sete anos da Guerra do Iraque foram assinalados por todo o país tendo especial destaque as manifestações ocorridas em São Francisco e Los Angeles.
Tribunal Iraque

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