terça-feira, 6 de julho de 2010

Na Mira do Belmiro

A ZFM e os políticos

A proposta de emenda constitucional do senador Artur Neto, que prorroga por mais dez anos os incentivos da Zona Franca de Manaus, ganhou respaldo da base política do governo Lula e deverá ser aprovada por aclamação na próxima semana. A iniciativa é oportuna e brilhante, como costumam reluzir as ações deste senador amazonense na defesa do Estado e dos brasileiros. Ele nos privou da cangalha da CPMF, o imposto do cheque, viabilizou o Ficha Limpa para esta eleição, assegurou o reajuste para os aposentados estipulado pelo Congresso e, entre outros sinais de vigilância cívica, tranqüiliza investidores e trabalhadores com prorrogação dos incentivos até 2033. Um desempenho que orgulha, de fato, o povo amazonense.
Com as últimas convenções partidárias, está autorizada a corrida eleitoral em mais uma temporada de definição da representação popular. E nunca é demais sublinhar a expectativa do tecido social em torno de seus representantes. A primeira delas é pela transparência e coerência entre promessas e vontade política de levá-las ao termo do cumprimento. O jogo é simples mas nem sempre limpo e convincente. As denúncias de contravenção e distorção funcional levam a um descrédito galopante que esvaziou a credibilidade da categoria como um todo. Hoje, o que deveria ser regra, fazer política séria está virando exceção. Basta ver a lista dos impedidos pelo Tribunal de Contas da União neste pleito.
E as demandas e descuidos com o Amazonas são maiores que suas dimensões geográficas, a despeito de sermos, no Norte e Nordeste, o Estado que mais comparece com tributos e regalias contábeis para o Tesouro Nacional. Os empresários do Varejo, por exemplo, que recolhem quase a metade dos tributos e geram três vezes mais postos de trabalho que o setor industrial, precisam ser tratados no nível e na acolhida deste patamar de contribuição. Precisamos ser ouvidos na definição de aplicação desses recursos, condição básica para que eles sigam crescendo em volume e permanência na viabilização da ação pública. Açoitados por comunicação cara e precária, logística dos transportes estrangulada e infraestrutura energética revoltante que afetam direta e drasticamente seus negócios, temos direito ao palpite na correção desses entraves, nessa relação precária entre economia e política cujo ajuste e coerência é hora de reavaliar...

Zoom-zoom

· João Simões – Tomou posse nessa terça-feira, o novo presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, o desembargador João Simões, com um currículo de conhecimento íntimo e compromisso inequívoco com a Justiça e seu funcionamento efetivo no Amazonas. Registramos votos efusivos de gestão profícua e de renovação institucional.

· Recursos funcionais – Em seu discurso de posse, anunciou o expediente legal e coerente de novos concursos públicos e – com a bagagem de ex-corregedor da Casa - destacou a necessidade de condições materiais para funcionamento satisfatório da Justiça, na capital e, especialmente, no interior. Nada mais justo.

· Violência – A espiral da violência que sacode o país atingiu membros da magistratura e da Ordem dos Advogados do Brasil, com assaltos a domicílio, terror e insegurança generalizada. Um desassossego que atinge o cotidiano da população e que precisa mobilizar mais atenção e recursos para seu enfrentamento.

· Dunga e a Globo - O leitor pode não concordar com as estratégias, táticas e opções do treinador da Seleção Brasileira, mas isso não pode servir de motivo para retaliações como as que foram feitas pela Rede Globo, em resposta às negativas do técnico em relação aos privilégios exigidos pela Venus Platinada. Privilégios e carteiradas perderam o sentido no mundo civilizado.

Belmiro Vianez Filho é empresário e membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Amazonas.
belmirofilho@belmiros.com.br

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