segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Brasil rejeita mobilizações "extrajurisdicionais" da OTAN

Por Lorenzo Carrasco

Em uma proveitosa viagem à Europa, o ministro da Defesa Nelson Jobim apresentou a posição brasileira sobre a reorganização da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e fechou importantes acordos de cooperação tecnológica com países membros da entidade. Além de transmitir uma visão estratégica brasileira, o ministro Nelson Jobim formalizou a participação de Portugal e da República Checa no projeto do transporte militar KC-390 da Embraer.

O recado sobre o futuro da Aliança Atlântica foi dado em Lisboa, em uma conferência sobre o tema "O Brasil e a segurança do Atlântico Sul", proferida no encerramento do seminário "O Futuro da Comunidade Transatlântica", realizada no Instituto de Defesa Nacional, na sexta-feira 10, como parte dos preparativos para a vindoura cúpula da OTAN, em novembro, também na capital portuguesa, na qual a organização deverá apresentar o seu novo conceito estratégico. No evento, embora Jobim afirmasse que suas opiniões não representavam uma posição oficial do governo brasileiro, ficou evidente que elas refletiam o entendimento predominante entre as Forças Armadas sobre os riscos que a pretendida reforma da OTAN implicariam para o Atlântico Sul. Em suas palavras:
Ainda em 1999, publicou-se o novo conceito estratégico da Aliança Atlântica. O novo conceito ampliou o escopo e o raio de atuação da Aliança - não mais restrito ao teatro europeu. Uma interpretação literal desse conceito nos leva a afirmar que a OTAN passaria a poder intervir em qualquer parte do mundo. Os pretextos para operações poderiam ser vários: antiterrorismo; ações humanitárias; tráfico de drogas; agressões ao meio ambiente; ameaças à democracia; entre outras.
Mais adiante, sem meias palavras, o ministro enfatizou os riscos implícitos nas novas missões primárias da OTAN fora de sua área "tradicional" de operações. (...)

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