quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Notícias diárias comentadas sobre a famigerada "Dívida" Pública, que até agora nenhum candidato viável à Presidência ousou contestar...

O Portal G1 traz as declarações da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, de que o pagamento da dívida com o FMI tornou o país independente, e que agora o país deixou de ser devedor e passou a ser credor (“Dilma Rousseff fala da importância do 7 de Setembro para o país"). Porém, na realidade, o pagamento ao FMI, feito ao final de 2005, significou o pagamento de uma dívida ilegítima e nunca auditada, desrespeitando a Constituição Federal. Foi feito às custas de mais dívida interna, com juros maiores e prazos menores. Portanto, não é correto dizer que a dívida teria acabado. Na verdade, ela não pára de crescer. Além do mais, as imposições feitas pelo FMI continuam vigentes, e sendo constantemente aplicadas pelo governo, como o superávit primário (cortes de gastos sociais para o pagamento da dívida). Prova disso é a afirmação do Secretário do Tesouro, Arno Augustin, no jornal Estado de São Paulo, de que “Cortaremos despesas para atingir meta” de superávit primário (“Cortaremos despesas para atingir meta") . As reformas impostas pelo FMI continuam vigentes, a exemplo da Previdenciária e a Tributária, que sacrifica os trabalhadores para privilegiar os rentistas. Por isso, infelizmente não se pode dizer que o Brasil é independente. Estas reformas também estão sendo impostas pelo FMI na Europa, conforme mostra notícia da Folha Online (“Europa vive onda de greves, mas medidas anticrise não devem mudar"). Os governos da Grécia, Espanha, Itália e Romênia implementam aumentos tributários e cortes de salários e gastos públicos, enquanto na França 2 milhões de pessoas se manifestaram ontem (7/9) contra a Reforma da Previdência. O argumento oficial é sempre o mesmo: de que não há recursos. Porém, quando o setor financeiro vai à falência, os governos prontamente organizam pacotes trilionários de ajuda. A União Européia, por exemplo, ajudou os bancos em trilhões de euros nos últimos anos, e para isso, se endividou. Agora, para pagar esta dívida ilegítima, os governos propõem cortes de gastos sociais. Mas os trabalhadores de toda a Europa não vão deixar o FMI seguir impondo sua agenda nefasta.

Saiba mais sobre esses assuntos. Leia com bastante atenção algumas postagens que já fizemos neste blog a respeito. Vale a pena conferir:

Sair da crise?

Escravização: as cifras espantosas da dívida pública

Perdas com o serviço da dívida



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